terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Será que sou gay?

Falando em diferença, estava lendo esta matéria e achei interessando postar.

Essa história de fio terra, ponto G, metrossexual é tudo coisa de boiola! Você já deve ter ouvido muitos caras falando isso ao ouvir falar nesse assunto, não?

Mas será que se arrumar melhor ou sentir prazer em um ponto do seu corpo transformam alguém em homossexual?

A diferença
“A principal diferença entre ser hetero, homo ou bissexual é para onde está direcionado o desejo de se relacionar afetivamente e sexualmente”, explica a psicóloga, sexóloga e psicodramatista Simone Nogueira.

Henrique*, de 20 anos diz que a descoberta da homossexualidade não foi algo fácil. Depois de uma adolescência de dúvidas e negações decidiu tirar a prova no ano passado.

Ele conta que os indícios foram surgindo desde cedo, mas ele demorou a perceber. “Quando eu tinha uns 16, 17 anos, comecei a perceber que os vídeos pornôs não tinham graça se não tivessem a ilustre presença de um moço. Mas daí, na negação de ser homossexual, acreditava que era porque o que me dava prazer era o ato sexual”, diz.

Desejo x curiosidade
Uma parte poderosa da descoberta da sexualidade é a fantasia. Antes de experimentar, todo mundo cria uma novela na própria cabeça e as personagens podem ser as mais variadas, sem que isso gere conseqüências.

“Na fantasia cabe tudo. É possível sentir prazer ao assistir uma relação homossexual num filme e isso não significa que você é homossexual”, explica a sexóloga Simone Nogueira. Segundo ela, é permitido experimentar de tudo na imaginação, sem que isso indique que você gosta ou não do mesmo sexo ou do oposto.

No caso de Henrique, como ficou comprovado mais tarde, não era só curiosidade. As reações físicas não eram os únicos sinais. Ao terminar o colegial, ele passou a sentir muita a falta de um amigo com quem andava o tempo todo. “Mesmo assim eu achei que era só por causa da grande amizade”.

Henrique, para afastar de vez as dúvidas, namorou uma menina por um bom tempo, mas quando eles iam para praia, por exemplo, ele percebia que não reparava nos biquínis, mas nas sungas alheias. “Eu tentava me convencer que era só para 'comparar o dito cujo'”.

O grande passo
A grande dificuldade para os que desejam alguém do mesmo sexo é assumir para si mesmos que algo está diferente do esperado.

“A sociedade acaba impondo que sentir desejo por alguém do mesmo sexo é sujo, feio e ruim. Como conseguir encarar essa diferença?”, diz Dra. Simone.

Foi com bastante coragem que Henrique decidiu testar se aquilo tudo o que sentia era apenas curiosidade pelo corpo masculino ou atração.

“Acho que o menino homossexual passa por vários processos de negação seguidos, que ele só vai identificar como ação homossexual quando ele estiver esclarecido. É difícil pra alguém de 15 anos falar que ele é gay. Ele vai negar até a morte, para os outros e pra si mesmo”, comenta.

A negação é a parte que pode durar mais no processo. “Tem gente que vai admitir isso somente quando é avô ou avó. Passa a vida negando, chega a casar por que acha que isso vai ‘sarar seu problema’”, diz a terapeuta.

Somente quando teve sua primeira experiência foi que Henrique percebeu que tudo aquilo que diziam para ele durante a vida inteira fazia sentido. “Não sei como é com os outros, mas eu neguei pra mim mesmo até a hora que aconteceu algo”.

Hoje, junto de seu primeiro namorado, ele tem certeza de que tomou a decisão certa, respeitando o que sentia.

Respeite seus sentimentos
Você pode ser um homossexual honesto ou desonesto. Como você pode ser um heterossexual honesto ou desonesto. Não é sua escolha sexual que vai fazer você uma pessoa melhor ou pior, mas ela pode ao menos definir se você será mais ou menos feliz.

Aceitar o que seus sentimentos falam e respeitar seu desejo é um bom começo para o autoconhecimento e, quem sabe, para a felicidade – ou, pelo menos, para uma vida menos frustrada.

Siga seu coração e não deixe para revelar aos seus netos que sua vida toda foi um engano.


por Carolina Rocha

fonte: http://jovem.ig.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

ola henrrique, acho que estou com o mesmo problema!!!!!
achas que o melhor que tenho a fazer é ter uma relação homosexual???